Aqui é a Lídia
Vamos lá.
carente e verossímil
A origem dos textos é sempre pessoal, mas é tão egoísta que pode se identificar com cada um. Carência quer dizer vazio. Mas um vazio ambicioso. Abandonado e magoado, também fica cheio de esperança contando os sonhos. Carente porque também é uma fantasia. Também é desejo. Com tesão. Não pode ser confundido nunca com frustrado. Sou Lídia, tenho 34 anos, não lembro o nome do meu primeiro poema, escrevo há muito tempo. Desde pequena, minha mãe me recitava Ricardo Reis enquanto contava sobre o meu nome. Esse diário carrega várias influências, são poemas novos, sem rima e sem métrica
Todos os deuses de todas as fés, abraçando as estrelas, não se contradizem. A gente se acha brilhante quando delimita. Mas somos todos conclusão. Arremate de extra com terrestre! A História não enxerga por baixo da poeira que uma guerra levantou. Mas minha obsessão de babuíno, quer olhar no olho alien e brindar a genética.
Esse é o livro que tá na vaquinha online, meu terceiro livro
O livro é uma caixa com cartões postais, são fotos da cidade com um poema Haiku, Haikai ou 俳句 sobre a foto em cada cartão postal, nas costas do cartão o formato tradicional para endereço e as informações sobre o projeto.
Sempre encantada com a cultura japonesa tentava escrever Haiku em cada caderno entre a minha poesia habitual.
Sempre saía brasileiro, afinal o Haiku, Haikai ou 俳句 não é só uma questão de métrica e gerou uma pesquisa.
O Haiku tem a métrica de 5/7/5 em seus três versos, não tem pontuação ou rima mas principalmente é impessoal e sempre cria uma imagem pesquisando a poesia e usando as imagens cinzas de São Paulo criei esse livro KasatoMaru, em homenagem ao primeiro navio que trouxe imigrantes japoneses para o Brasil, tem 111 poemas que olham para cidade de São Paulo criando uma paisagem seca mas com toda a história do Haiku, Haikai ou 俳句.
A influência da cultura japonesa no Brasil, principalmente em São Paulo, está enraizada na cultura popular e na arte que inspiram o livro.
me myself & I